As inscrições para o concurso da Polícia Civil e Científica de Pernambuco começarão nessa quinta-feira (7), mas as 966 pessoas, que irão assumir os cargos, podem se impressionar com a situação precária do futuro local de trabalho. Em delegacias por todo o estado é possível ver o mesmo problema: falta de estrutura e equipe.
Na Delegacia de Peixinho, em Olinda, Grande Recife, o atendimento à população tem hora e dia restrito, apenas de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Além disso, existe apenas um agente trabalha na unidade e atende sozinho as denúncias de toda a comunidade. “Eu vim aqui ontem, para consertar essa informação e ele mandou eu vir hoje porque ontem não poderia resolver. Estou aqui desde 8h, já era para estar trabalhando, e ainda estou aqui”, explicou o estoquista, Felipe da Silva.
Mas os relatos de deficiência nas unidades não acabam por ai. Ar-condicionado quebrado, mofo e a falta de computadores também dificultam o trabalho no local. Na Delegacia da Macaxeira, na Zona Norte da capital, o cenário não é muito diferente. Os veículos apreendidos são deixados pelos corredores do lugar, assim como documentos de investigação, que ficam em caixas de papelão, por falta de armários adequados.
Segundo o sindicato, que representa a categoria, as vagas oferecidas no concurso ainda são poucas para minimizar este cenário. O número de profissionais atuantes é de apenas 4.900, cerca de 40% do efetivo ideal.
TV Jornal Meio Dia
Por Anne BarrettoFique sabendo das principais notícias do Estado, os fatos do dia, além das denúncias de problemas e a cobrança de soluções. Tudo em um telejornal que dá vez e voz ao telespectador