Solidariedade

Apadrinhamento é esperança para crianças sem expectativa de adoção

TV Jornal
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Publicado em 01/10/2016 às 11:30

-Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Para garantir que as crianças e os adolescentes que vivem nos abrigos de Pernambuco tenham chances de criar laços afetivos com pessoas fora das instituições, mesmo sem serem adotados, o Tribunal de Justiça lançou um programa de apadrinhamento, o Pernambuco que Acolhe. Municípios como Recife, Olinda, Jaboatão e Cabo já tinham projetos semelhantes. Agora, a iniciativa do TJPE abrange todo o Estado. Cento e sessenta e oito crianças e jovens estão inscritos para serem apadrinhados. Desde que o programa foi lançado, já foram realizados 27 apadrinhamentos.

Os interessados em ser padrinhos podem escolher uma das três modalidades do programa: o apadrinhamento afetivo, o provedor e o profissional. No afetivo a ideia é que o adulto faça visitas ao afilhado, leve para passeios nos finais de semana e datas comemorativas. Já o provedor é indicado para quem não tem disponibilidade de tempo, mas pode pagar um curso ou atividade esportiva, custear despesas médicas ou qualquer outra necessidade da criança. Por fim, o profissional é destinado a quem possa atuar como voluntário no abrigo de acordo com sua área de trabalho, seja um médico que faça atendimento na instituição, professor que dê aulas de reforço, entre outras possibilidades.

"O apadrinhamento é uma outra forma de ter uma família. Uma possibilidade de ser inserida na comunidade e não viver apenas dentro da instituição, criando laços afetivos para sua vida pós 18 anos. Até aí você está protegido em uma instituição que te dá apoio. Mas após os 18 anos as portas se abrem e é necessário que existam outras pessoas do seu vículo afetivo", avalia Alessandra Rabelo, coordenadora da equipe interpessoal da Comarca de Olinda.

Cadastro

Para se cadastrar, o padrinho ou madrinha deverá preencher a ficha de inscrição online, disponível no site www.tjpe.jus.br , informando seus dados pessoais ou empresariais, endereço e o tipo de apadrinhamento desejado.

Adoção

Pernambuco tem 232 crianças abrigadas. Para muitas delas, a espera por uma adoção já dura anos e a possibilidade de ser inserida em uma família é cada dia mais remota, porque a maioria tem mais de 14 anos e muitos são grupos de irmãos. Um levantamento feito pelo TJPE aponta que 910 famílias estão inscritas no Cadastro Nacional de Adoção no Estado. Quase quatro vezes mais que o número de crianças em abrigos. O problema é que as pessoas dispostas a adotar preferem crianças de até três anos.

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