VERÃO

Cuidado com os fungos que estão na sua pele

TV Jornal
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Publicado em 20/11/2016 às 13:40

-Reprodução/TV Jornal
No verão, as praias pernambucanas costumam estar cheias de gente. O calor, a umidade e a exposição aos raios solares formam o cenário perfeito para a instalação e propagação de alguns fungos. Por isso, é necessário estar atento aos cuidados com a pele nesta reta final do ano, momento em que o verão se aproxima e que atividades ao ar livre se tornam ainda mais comuns. A dermatologista Mônica Maris esclarece quais são os mitos e verdades sobre a contaminação por doenças na pele e dá dicas de como se prevenir.

Mitos e verdades sobre doenças de pele

Pano branco

Contrário ao que muitos acreditam, entrar na água do mar e da piscina em dias de chuva não causa pano branco. A dermatologista explica que a pitiríase versicolor, fungo de pele mais conhecido com pano branco, faz parte da flora natural do corpo. Para você ter uma ideia, o fungo está presente em cerca de 90% dos adultos e 20% das crianças. "A junção do calor, umidade, oleosidade da pele e baixa imunidade é que são os vetores da manifestação da micose, já que o fungo se alimenta de gordura. O excesso de sol também desencadeia isso porque ativa o fungo", explica a dermatologista Mônica Maris. Ainda segundo ela, existem pessoas com um sistema imunológico mais resistente. O pano branco também não é transmitido de uma pessoa para outra, nem por objetos usados por alguém em que a pigmentação esbranquiçada é aparente.

Bicho geográfico

A larva migrans, ou bicho-geográfico, é um verme que parasita no intestino de cães e gatos. A contaminação acontece quando as fezes contaminadas dos animais entram em contato com a pele. As larvas penetram na pele, se instalando no corpo. Para não se contaminar observe as áreas da praia ou do parque que possam conter dejetos de animais. “Como raramente as pessoas ficam calçadas na praia, a recomendação é para que todos estejam atentos às áreas em que passarem, para evitar contato com fezes de bichos”, orienta Mônica, que admite que nas praias é mais difícil se prevenir. Caso você pise ou se sente acidentalmente, higienize imediatamente a área com água e sabão.

Frutas cítricas

Durante a exposição ao sol, a recomendação de Mônica é que o manuseio de frutas cítricas como o limão e a laranja seja evitado. “Às vezes, em clubes e praias, para fazer um drink, os banhistas entram em contato com o limão. Se a área não for higienizada corretamente, causará manchas escuras na pele”, explica a dermatologista. Por isso, é indicado que a região seja lavada com água e sabão, em água corrente.

Cadeiras de praia

As cadeiras de praia podem ser grandes vilãs. Como os banhistas costumam se sentar ainda úmidos, os assentos devem ganhar atenção redobrada. A dermatologista diz que o mais indicado é colocar cangas ou toalhas para se sentar, ao invés de encostar diretamente no assento. “Essa atitude simples pode prevenir a transmissão de doenças como a impinge, que gera coceira e uma mancha arredondada, com relevo mais alto nas bordas”, diz Mônica.

Roupas de banho

Como os biquínis, maiôs, sungas e bermudas geralmente são produzidos em materiais sintéticos, eles esquentam mais facilmente no corpo. "Sempre que sair da água, as pessoas devem secar bem as dobras do corpo e também as partes íntimas", explica Mônica. Essa atitude simples ajuda a prevenir doenças como a candidíase, que faz parte da flora transitória feminina e pode se proliferar com a umidade. A água e o sabão são os melhores amigos de quem volta da praia. Após o banho, a dermatologista recomenda que um hidratante seja usado para repor nutrientes da pele. Além de tudo isso, é importante não deixar de usar o protetor solar, mesmo em dias nublados. Isso ajuda a prevenir o envelhecimento precoce da pele e previne contra o câncer.

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