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Precariedade e burocracia travam avanço do metrô do Recife

TV Jornal
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Publicado em 28/08/2017 às 11:25

-Reprodução/TV Jornal

Os passageiros que dependem do Metrô do Recife são obrigados a se acostumar com a precariedade do transporte. A sensação de abandono dos usuários, nos 71 quilômetros de trilhos, é ainda maior diante da presença de pichações, ambulantes e baderneiros.

Só com a reposição de vidros e janelas danificadas, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) desembolsa por ano cerca de R$900 mil. Ainda segundo a companhia, em 2016 foram gastos R$ 350 milhões com danos provocados pelo vandalismo. Cinco vezes o valor da própria receita, estimada em R$ 70 milhões.

Diariamente, 400 mil pessoas circulam pelas 37 estações, distribuídas em três percursos, que seguem do Centro da Cidade até os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Cabo de Santo Agostinho.

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Impasse

O acordo de repartição do lucro das passagens arrecadadas nas estações de metrô, que são interligadas aos terminais integrados, é outro problema para o serviço. De acordo com o superintendente do Metrô do Recife, Leonardo Villar Beltrão, o Grande Recife Consórcio deixou de repassar o dinheiro obtido pelo serviço em conjunto, há seis meses. Uma dívida que chega a R$ 60 milhões. "O Estado tem tido dificuldade de repassar esse recurso e isso tem criado uma dificuldade grande para o metrô. É um dinheiro que podia ser reinvestido no sistema e que traria uma melhoria", contou o superintendente.

Novas Rotas

Um estudo desenvolvido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) mostra que cinco novas rotas poderiam ser criados no Grande Recife para ampliar o atendimento. São elas: TI Joana Bezerra/ Forte do Brum, Estação Werneck/ TI Tancredo Neves, Cabo de Santo Agostinho/ Suape, TI Cajueiro Seco/ TI Macaxeira, Rodoviária/ São Lourenço e TI Joana Bezerra/ TI Paulista. “Esses projetos tem um período de maturação muito longo e quanto antes cuidarmos disso, melhor”, disse o professor da UFPE, Maurício Pina.

Menos poluição

Diante da possibilidade de ampliação, o debate sobre as vantagens do veículo sob trilhos cresce entre os especialistas. Alguns defendem que os metrôs emitem menos gás carbônico. Uma queda de 60% se comparado aos carros e 40% aos ônibus.

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