No TV Jornal Meio-Dia dessa segunda-feira (25) de Natal, a jornalista Graça Araújo noticiou o "desfecho trágico do desaparecimento da estudante Remís Costa, de 24 anos", jovem assassinada pelo namorado, com um discurso emocionado. O corpo da estudante foi encontrado no sábado (23), a 400m da casa onde morava o pedreiro Paulo César de Oliveira Silva, 25 anos, que foi levado pelo Centro de Triagem e Observação Professor Everardo Luna (Cotel).
"Depois de seis dias de busca, o corpo da estudante foi encontrado por populares. Eu não falei polícia não, falei populares... Enterrado em uma cova rasa, em avançado estado de decomposição. Para quem entende um pouco de capinação sabe que cova rasa é fácil de encontrar", destacou Graça Araújo, questionando a demora do trabalho da polícia..
"Novamente, a culpa não é dela não. A culpa nunca é dela, e neste caso está mais claro do que nunca que a culpa foi do Estado. (...) A culpa é da polícia, quando deixou que o corpo dela apodrecesse, embora tivesse tantas evidências", continuou a jornalista, emocionada. "Ele matou por causa de um celular? Evidentemente que não. o que caracteriza o feminicídio é quando a mulher é morta pela simples condição de ser mulher. E essa moça foi morta pela simples condição de ser mulher."
Como solucionar o problema?
"Ao que parece, nem o aumento da pena, transformando o homicídio de mulheres em feminicídio, está conseguindo inibir a ação de homens, que ao que parece são doentes, e quando eles percebem que não terão mais a mulher e não conseguirão mais viver sem elas, eles preferem acabar com a vida delas para poder ter sossego", completou Graça Araújo, antes de encerrar o discurso com um questionamento. "O que fazer, além de educá-los, eu não sei", afirmou.
Dados
"De janeiro a 23 novembro, 268 mulheres foram assassinadas em Pernambuco, 22 a mais quando comparando com o mesmo período do ano passado", informou Graça Araújo.
