Julgamento

Acusado de matar Maria Alice diz que cena do crime foi montada

TV Jornal
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Publicado em 22/05/2018 às 13:15

-Foto: Reprodução Facebook

O júri popular do acusado de assassinar Maria Alice Seabra, o padrasto da vítima, Gildo da Silva Xavier, começou nesta terça-feira (22), na Câmara Municipal de Itapissuma. Maria Alice foi morta quando tinha apenas 19 anos, no dia 19 de julho de 2015. A juíza Fernanda Vieira Medeiros preside a sessão, que acontece no Plenário da Câmara de Vereadores de Itapissuma.

O julgamento, que estava previsto para as 8h, começou por volta das 9h, e a previsão, segundo a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) é que se estenda até as 19h. Gildo da Silva Xavier é acusado pelos crimes de sequestro e cárcere privado da enteada; estupro; homicídio qualificado, incluindo a tipificação de feminicídio; e destruição, subtração e ocultação de cadáver.

-Reprodução/TV Jornal

A versão do padrasto

O defensor público Janio Pianco, que está fazendo a defesa de Gildo, contou a versão do homem. Ele disse que, segundo o suspeito, ele estava brigado com a companheira e tentando reatar, e a menina estava atrapalhando. Ele contou também que chamou a jovem apenas para conversar.

Gildo da Silva Xavier também deu depoimento, e negou que teria estuprado Maria Alice Seabra. Ele disse ainda que a cena do crime, na qual a garota foi encontrada sem parte do braço, sem roupa e com o sutiã rasgado, foi montada pela Polícia Civil.

Testemunhas

Três testemunhas foram escolhidas pelo promotor para depor: a delegada responsável pelas investigações, Gleide Ângelo, a mãe de Maria Alice e a irmã mais velha, Maria Angélica. A delegada foi a primeira a falar, e foi repreendida algumas vezes, por se alterar durante o depoimento.

Ela disse que o homem destruiu a vida da garota e da família para satisfazer um desejo sexual. "Eu senti que ele é uma pessoa má, cruel, perversa, que destruiu a vida de uma moça de 19 anos", afirmou, enquanto ressaltava que a jovem foi morta com requintes de crueldade.

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