Justiça

'Espero que ele pegue a pena máxima', diz mãe de Maria Alice Seabra

TV Jornal
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Publicado em 22/05/2018 às 10:10

-Foto: reprodução Facebook

A espera da família da jovem Maria Alice de Arruda Seabra Amorim por justiça está perto de acabar. O júri popular do acusado de cometer o crime, o padrasto da vítima, Gildo da Silva Xavier, começa nesta terça-feira (22), na Câmara Municipal de Itapissuma. Maria Alice foi assassinada quando tinha apenas 19 anos, no dia 19 de julho de 2015.

A juíza Fernanda Vieira Medeiros preside a sessão, que acontece no Plenário da Câmara de Vereadores de Itapissuma. Gildo da Silva Xavier é acusado pelos crimes de sequestro e cárcere privado da enteada; estupro; homicídio qualificado, incluindo a tipificação de feminicídio; e destruição, subtração e ocultação de cadáver.

O assassino ainda decepou a mão esquerda da vítima, onde havia uma tatuagem com o nome do pai biológico dela. Caso seja condenado, Gildo da Silva Xavier pode pegar de 25 a 56 anos de prisão. A mãe de Maria Alice diz que torce pela condenação. 'Espero que ele pegue a pena máxima', afirma.

O Júri

De 16 jurados presentes, foram sorteadas sete mulheres para compor o Conselho de Sentença. As sete juradas fizeram a leitura do juramento, antes do início do julgamento do assassinato de Maria Alice Seabra. Entre as pessoas elegíveis para participar do júri, o Ministério Público poderia recusar dua, e dois homens foram recusados.

A defesa de Gildo poderia eliminar três jurados e retirou três mulheres. Bastante emocionada, uma das juradas sorteadas inicialmente foi dispensada pela juíza Fernanda Vieira Medeiros. Após sorteio, ela foi substituída por outra mulher.

Etapas do Júri

- Instrução - quando serão ouvidas testemunhas do acusado
- Depois, a juíza, defesa, acusação e júri fazem perguntas para as testemunhas
- Posteriormente, vem o debate, as alegações da defesa e da acusação
- Em seguida, o juiz vai para uma sala secreta entregar perguntas que deverão ser respondidas pelo júri

Relembre o caso

Em junho de 2015, Maria Alice Seabra, 19 anos, havia saído de casa após conflitos com o padrasto. Ela estava morando na casa da irmã mais velha, embora preferisse dizer a Gildo que estava passando um tempo com um tio.

Com a promessa de levá-la a uma entrevista de emprego, ele buscou a jovem em casa usando um carro alugado. No caminho do suposto compromisso, Gildo espancou, drogou, violentou e matou a enteada. O corpo da jovem foi encontrado cinco dias após o sequestro, num canavial em Itapissuma, na Região Metropolitana do Recife. Preso, Gildo confessou os crimes alegando um "desejo sexual" pela jovem como motivo do crime.

Perícias realizadas pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovaram que a mão esquerda de Maria Alice Seabra foi decepada pelo padrasto com o auxílio de um instrumento contundente pesado, como um machado ou facão. Gildo nega ter sido autor da mutilação. A delegada Gleide Ângelo foi responsável pela investigação. O acusado aguarda julgamento no Presídio de Igarassu, também no Grande Recife.

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