É direito de toda criança ter uma boa alimentação, mas em Pernambuco, mais de 9 mil crianças com menos de 5 anos de idade sofrem de desnutrição grave. Para combater a fome, há 35 anos, a Pastoral da Criança tem ajudado a monitorar a má nutrição infantil, principalmente daqueles que vivem nas comunidades mais pobres de vários países.
Além do acompanhamento e orientação, o trabalho da iniciativa é levar ações básicas em saúde, nutrição e cidadania para esses locais. Este ano, o bairro da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, foi um dos locais atendidos pelo grupo. Em quatro anos de acompanhamento, 50% das crianças que estavam abaixo do peso já estão com o peso ideal para a idade.
Encontros
O acompanhamento todo é feito durante reuniões, que acontecem sempre na paróquia da comunidade. No local, a coordenadora da pastoral inicia o debate com as famílias, trazendo também outras orientações para a população.
“A ação é importante porque vai pesar as crianças onde as meninas visitam. A gente marca a data para voltar e fazer a celebração à vida, podemos brincar com as crianças, dar um lanche e fazer uma roda de conversas com as mães”, explica a coordenadora da Pastoral de Pernambuco, Arlete Mendes.
Dados
No Brasil, 6 a cada 10 crianças vivem na pobreza, e uma das consequências mais fortes dessa condição social é a má nutrição, que acontece quando as crianças estão abaixo ou acima do peso e da altura para a idade. Em Pernambuco, existem 9.535 crianças com menos de 5 anos que estão abaixo do peso.
Quando analisamos os casos de desnutrição crônica, ou seja, quando a altura está abaixo da ideal para a faixa-etária, o número em Pernambuco aumenta, registrando 33.800 crianças. A obesidade também é outro ponto preocupante no Estado, onde mais de 25 mil crianças abaixo dos 5 anos estão acima do peso.
