Uma nova fase da Operação Abismo, da Polícia Federal, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (31), visando a colher mais provas de crimes relacionados a desvios de verba. A operação investiga um esquema de fraudes no Instituto da Previdência dos Serviços nos municípios de Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife e outros locais de Pernambuco.
Na ação, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e uma prisão preventiva, sendo nove em Pernambuco e apenas um no Estado de Goiás, além da prisão preventiva é de um empresário. Para essa ação estão sendo empregados 80 policiais federais.
As investigações tiveram início em março deste ano e, durante a apuração do caso, os policiais descobriram a transferência de mais de R$ 90 milhões do Instituto da Previdência, onde o principal alvo procurado pela PF era o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, que foi preso no último dia 19. O dinheiro foi aplicado em investimentos compostos por ativos “podres”,ou seja, sem grande probabilidade de inadimplência futura. A situação coloca em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município.
Apreensões
Durante a ação, foram recolhidos documentos, veículos, mídias de computador, dinheiro e outros materiais que possam ajudar no decorrer das investigações. Os locais das busca são Cabo, Distrito Industrial de Suape, Porto de Galinhas, Reserva do Paiva, Boa Viagem e Jaboatão dos Guararapes.
Crime
Os suspeitos são investigados por lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes financeiros, corrupção ativa e passiva. A pena desses crimes ultrapassa 30 anos de reclusão.
Veja na reportagem:
Outros Estados
O seguimento da operação também está sendo realizado em outros estados do Brasil. Na primeira fase da operação 220 policiais federais cumpriram 64 ordens judiciais sendo 42 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal.
As medidas foram determinadas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados.