Pandemia

Impactos da pandemia da covid-19 marcam a celebração do Dia de São Pedro, no Recife

Em Brasília Teimosa, poucos pescadores compareceram às comemorações religiosas. Segundo eles, as vendas de pescados continuam fracas e o prejuízo financeiro já passa dos 50%

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 29/06/2021 às 11:35 | Atualizado em 07/05/2022 às 21:04
WELLINGTON LIMA/TV Jornal
FOTO: WELLINGTON LIMA/TV Jornal

Pelo segundo ano consecutivo, os festejos juninos não puderam ser realizados devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Sem as festas, algumas modificações foram feitas e os prejuízos deixados pela pandemia marcaram o São João e, agora, o Dia de São Pedro, no Recife.

Apesar das mudanças, algumas pessoas celebram, de maneira restrita, os festejos. No bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul, por exemplo, moradores e devotos de São Pedro amanheceram em festa nesta terça-feira (29).

A aposentada Maria Terezinha chegou cedo na escola do bairro para rezar e agradecer pela saúde da família. Às 7h, um café da manhã foi servido por representantes de uma uma ONG para pescadores e frequentadores do bairro.

O pescador Severino Muniz aproveitou a refeição antes de sair para pescar. Às 8h, houve a tradicional missa de São Pedro, que foi celebrada pelo Frei Rosenildo.

Por conta da pandemia, a capela do bairro estava fechada e a celebração que antes era campal, dessa vez, aconteceu em uma escola de Brasília Teimosa. A missa foi restrita e poucas pessoas puderam assistir no local. Para evitar aglomeração, algumas cadeiras foram colocadas na rua.

Na pracinha da colônia, devotos também aproveitaram para fazer orações. Também por causa da pandemia, a procissão marítima foi simbólica, apenas com dois barcos - um de apoio e outro com a imagem de são Pedro. A procissão terrestre foi acompanhada por poucos devotos, a maioria estava em carros.

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Ajuda

Neste segundo ano de pandemia, os pescadores de Brasília Teimosa afirmaram que não tem muito o que comemorar.

Segundo eles, as vendas continuam fracas e o prejuízo nos últimos meses passa dos 50%. Para sobreviver, alguns estão contando com a ajuda de amigos.

Na Colônia Pescadores, os pescadores também estão sentindo o impacto da pandemia. Augusto Lima, que é vice-presidente da colônia afirma que a maioria também está sobrevivendo da solidariedade.

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