Covid-19

Secretário de Saúde demonstra preocupação sobre falta de medicação para tratar crianças com síndrome rara associada ao coronavírus

Governo Federal, que é responsável por distribuir o insumo, não está fazendo o repasse de forma regular

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 28/08/2020 às 16:00
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O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, demostrou preocupação durante coletiva de imprensa nessa quinta-feira (27), com a falta de estoque no Estado da imunoglobina humana, medicamento utilizado para o tratamento da síndrome rara associada ao novo coronavírus (covid-19) em crianças que teve a primeira morte registrada em Pernambuco nesta semana.

Na ocasião, Longo também informou que o Governo Federal, que é responsável por distribuir o insumo, não está fazendo o repasse de forma regular. De acordo com o secretário, o Estado deverá fazer aquisição do remédio com o surgimento de casos na região.

>>Após primeira morte de criança com síndrome rara, secretário de Saúde fala sobre aumento de leitos

Pernambuco confirma primeira morte de criança com síndrome rara e que testou positivo para a covid-19

Em entrevista coletiva, nesta terça-feira (25), o secretário Estadual de Saúde, André Longo, confirmou a primeira morte de criança com síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica e que testou positivo para o novo coronavírus. O menino tinha 11 anos, morava no Recife e morreu no final de junho, de acordo com a informação repassada pelo Governo de Pernambuco. Além do óbito, o Estado contabiliza 7 crianças com evolução para alta e 1 internada.

Dos casos registrados até o momento, 4 são do sexo masculino e 5 do sexo feminino, com idades entre 4 e 13 anos e residentes nos municípios de Joaquim Nabuco, Sirinhaém, Goiana, Limoeiro, Timbaúba, Caruaru, Flores e Recife, além de uma criança de Alagoas (Maragogi) assistida na rede de saúde pernambucana. Os adoecimentos ocorreram entre maio e este mês de agosto, de acordo com o governo estadual.

Sintomas

Entre os sintomas da síndrome estão: febre persistente acompanhada de um conjunto de manifestações, como pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e comprometimento respiratório.

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
  • Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

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