Devido a pandemia do novo coronavírus, muitos pacientes com câncer interromperam os tratamentos. No hospital do Câncer de Pernambuco, o atendimento de pessoas que descobriram a doença caiu pela metade, o que preocupou os médicos já que o tratamento precoce é fundamental para a cura.

Há dois anos a gerente de RH, Simony Andrade descobriu que tinha um câncer de mama. Desde então, ela vem enfrentando a doença com otimismo. Com a imunidade baixa, ela revela que nem mesmo a chegada da pandemia fez com que ela perdesse a confiança em seguir o tratamento no hospital.

Porém, o exemplo positivo da gerente nem sempre é compartilhado por outros pacientes que enfrentam o mesmo problema. Na conta do Instagram que ela utiliza para falar sobre o câncer ela percebeu que muitas pessoas que estão passando pelo mesmo momento acabaram interrompendo o tratamento contra a doença com medo de contrair o vírus da covid-19.

Dados

De acordo com dados da Organização Mundia da Saúde (OMS) cerca de 43% dos pacientes com câncer no Brasil tiveram de alguma forma o tratamento impactado por conta da pandemia do novo coronavírus. Está situação também foi sentida do Hospital de Câncer de Pernambuco. A propagação do covid-19 no Estado fez com que caísse pela metade o atendimento de pessoas que acabaram de descobrir que tem a doença e já deveriam ter iniciado o tratamento.

Segundo o superintendente técnico do hospital, Fábio Malta, o decreto do governo que suspendeu exames e cirurgias eletivas durante a fase aguda da pandemia e principalmente o medo dos pacientes em ir até o hospital fizeram com que os números de atendimentos caíssem drasticamente. Uma situação bastante preocupante.

Retorno

A mastologista Luciana Limonge afirma que é fundamental o retorno dos pacientes ao tratamento contra o câncer. Ela alerta que a falta de orientação médica pode gerar um aumento de casos da doença.

O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.
• Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
• Evitar contato próximo com pessoas doentes.
• Ficar em casa quando estiver doente.
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
• Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
• Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.