QUESTIONAMENTOS

Categorias que foram obrigadas a fechar durante quarentena questionam os critérios usados para definir o que é essencial ou não

Muitos empresários alegam que foram prejudicados, mesmo respeitando os protocolos de higiene e distanciamento social

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 24/03/2021 às 14:30 | Atualizado em 19/10/2022 às 11:17
Tião Siqueira/TV Jornal
FOTO: Tião Siqueira/TV Jornal

As categorias que foram obrigadas a fechar durante a quarentena mais rígida, decretada pelo Governo do Estado até o dia 28 de março, estão questionando os critérios usados para definir o que é essencial ou não.

A empresária Dayane Carvalho, por exemplo, que trabalha em casa de bronzeamento, simulou o serviço em uma cliente dentro de um transporte público para questionar o decreto.

Segundo ela, o estabelecimento em que trabalha, localizado no Zumbi do Pacheco, em Jaboatão dos Guararapes, foi fechado pelo Procon-PE no último domingo.

Devido ao fechamento, Dayane se revolta, pois, de acordo com ela, os ônibus vivem lotados diariamente, podendo se um fator maior de contaminação do vírus.

Já a gerente de uma ótica em Olinda, Maria Luiza Queiroz, também questiona o decreto. Desde o início da quarentena, ela só tem ido a loja para organizar o que foi comprado pela internet.

Ela alega que o estabelecimento também não causa aglomeração. De portas fechadas, a empresa já sente o impacto no faturamento.

Incoerência na quarentena

O questionamento também é feito por empresários que trabalham com outros produtos ou serviços afetados pelo decreto.

Segundo eles, houve incoerência do governo do estado na hora de definir os estabelecimentos considerados essenciais.

É o caso das academias de musculação que não foram incluídas como serviço indispensável para a saúde durante a quarentena.

Período em quarentena

Durante o período de quarentena em Pernambuco, ficarão proibidos de funcionar os serviços de bares e restaurantes; shoppings e galerias comerciais; óticas; salas de cinema e teatros.

Também fica proibido o funcionamento de academias; salão de beleza e similares; comércio varejista de vestuário, calçados, eletroeletrônicos e linha branca, cama, mesa e banho e produtos de armarinho.

>> Entenda a diferença entre quarentena, lockdown e isolamento para não confundir o atual decreto em PE

Além disso, escolas e universidades; clubes sociais , esportivos e agremiações; práticas e competições esportivas; praias, parques e praças; ciclofaixas de lazer, eventos culturais e de lazer, além dos sociais.

Já as igrejas e demais templos religiosos poderão abrir para atividades administrativas e para preparação e realização de celebrações via internet.

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