Dificuldade

Mais um prédio do INSS é ocupado por famílias que perderam tudo por causa da chuva no Grande Recife

Mais um prédio do INSS foi ocupado por famílias que ficaram desabrigadas durante as chuvas

Suzyanne Freitas
Suzyanne Freitas
Publicado em 24/05/2021 às 13:00
DIVULGAÇÃO/INSS
FOTO: DIVULGAÇÃO/INSS

As fortes chuvas que atingiram toda a Região Metropolitana do Recife, no dia 13 deste mês, causaram diversos prejuízos para várias pessoas. Foram registrados alagamentos em várias avenidas e ruas, deslizamentos de barreiras e caos para moradores que tiveram suas casas inundadas. Diante desse transtorno, sem ter para onde ir, mais um prédio do INSS foi ocupado, desta vez, o que fica na Avenida Mário Melo, no bairro de Santo Amaro, na Área Central do Recife.

Funcionários do prédio relataram que um grupo invadiu o local, na manhã desta segunda-feira (24). As pessoas forçaram o portão principal do prédio. De acordo com o INSS, os manifestantes praticaram vandalismo contra o patrimônio do prédio. O protesto seria pelo direito à moradia e à alimentação.

Outra ocupação

Cerca de 250 famílias também ocuparam um prédio abandonado do INSS, localizado no bairro da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, nesse domingo (23). É o caso da cuidadora de idosos, Maria José Pessoa, que morava no bairro de Fragoso 1, em Olinda, e conta que, depois das últimas chuvas perdeu documentos, móveis e até roupas. Hoje, ela vive da ajuda de pessoas e diz não ter para onde ir.

Atualmente, Maria José e mais de 300 pessoas ocuparam o antigo prédio do INSS. A Polícia Militar foi acionada. Pacificamente, as 250 famílias, em situação de vulnerabilidade social decidiram protestar por auxílio-moradia digno e cestas básicas. Segundo Tatiana da Silva, coordenadora do Movimento das Mulheres ao Direito à Moradia, a situação das famílias está cada vez pior.

De acordo com o coordenador do Luta por moradia digna (LPMD), Denety Ferreira, o prédio está desativado desde 2017. Por dentro, não existem mais paredes ou divisórias. Na entrada, os entulhos começaram a ser retirados pelos ocupantes que, segundo com Denety, prometem sair apenas quando o Governo do Estado atender às reivindicações do movimento.

>> Notícia do mês: abril é marcado por transtornos provocados pelas fortes chuvas no Grande Recife

Cobrança

Os ocupantes cobram do Governo do Estado o pagamento do auxílio-moradia, cesta básica e uma reposta as reivindicações apresentadas em reunião.

>> Chuva alaga ruas de vários bairros de Olinda e moradores reclamam da falta de obras para resolver problema

+VÍDEOS