Descoberta

Ossada de bebê enterrada há mais de cem anos é encontrada no bairro do Recife

Segundo Claudia Cunha, as descobertas podem trazer revelações sobre quem foram os primeiros habitantes do Recife.

Catêrine Costa
Catêrine Costa
Publicado em 19/04/2022 às 15:00
Notícia
Reprodução/ Gabriel Ferreira
A ossada foi encontrada no bairro do Pilar, no centro do Recife - FOTO: Reprodução/ Gabriel Ferreira

A ossada de um bebê foi a primeira encontrada, na última segunda-feira (18), em um trabalho arqueológico que vem sendo realizado na Comunidade do Pilar, bairro do Recife. 

A descoberta foi feira por arqueólogos pernambucanos e pela bioarqueologa especialistas em ossos humanos Cláudia Cunha vinda do Piauí. 

O esqueleto estava em cima de um outra ossada que, de acordo com os pesquisadores, seria de um adulto com mais de dezoito anos de idade.

OSSADA DE BEBÊ ENCONTRADA NO RECIFE

De acordo com os estudiosos, o bebê tinha entre quatro e seis meses.

O crânio não está inteiro e tem características de que foi esmagado pelo peso da própria terra e das construções feitas no local.

O caixão do bebê foi colocado em cima do corpo do adulto.

De acordo com Cláudia cunha, diante das condições do material do caixão, o corpo do bebê pode ter sido enterrado a mais de cem anos.

Também segundo a bioarqueologa, no local foram encontrados mais de dez pregos possivelmente do caixão

Ainda não foi possível identificar o sexo do bebê. As ossadas dos outros adultos encontradas no cemitério colonial serão levados para um laboratório onde serão analisadas as características humanas.

OUTRAS DESCOBERTAS NO LOCAL

No mesmo terreno já foram localizadas centenas de ossadas, a maioria delas aparentavam ser de homens entre 17 e 25 anos.

O que não descarta a possibilidade do terreno ter sido um cemitério militar.

Segundo Claudia, as descobertas podem trazer revelações sobre quem foram os primeiros habitantes do Recife.

"Não existe documentação, não existe alguém que lembre que existia um cemitério aqui. Ele é tão antigo que as pessoas esqueceram. Ele é o maior cemitério colonial que eu já vi", contou a pesquisadora. 

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